De certo não saberei mais manter o equilíbrio diante de tamanha solidão enquanto que o automóvel se movimenta em longa noite sem lua.

O terrível sono me vem em meio ao objetivo de chegar à cidade mais próxima.

No meu caminho, nas minhas estradas, conto com a proteção do meu Deus e ainda assim, me divido em pensamentos com aquelas que estão comigo em todos os segundos vividos e entre as curvas, sinais, placas, pedágios, paradas, bares, hotéis, pousadas, cidades, sigo vivendo na busca eterna de doar-me com a tranquilidade e a felicidade que os meus amores de certo merecem.

Na fumaça do meu cigarro que insiste em ficar ao meu lado, no gole do energético, na mistura do café, nas conversas que ouço dos irmãos caminhoneiros ao redor, elas sempre estão presentes, elas, as mulheres.

Mulheres ou mulheres da minha vida.

Mulheres que deixo em casa a velar por minha segurança e proteção.

Penso em minha filha, minha filha, minha filha, minha filha e filha.

Agora paro e vejo o que ajuda a sustentar-me a opinião.

Mais me alegro em saber que o mundo ainda pode ser cada vez mais brando e penso ser justamente por conta da quantidade de filhas, das filhas, das filhas e das filhas.

Imóvel, pergunto: Que tantas filhas são essas???

São as filhas que são as minhas filhas, e assim serão para sempre filhas, pois assim eu as enxergo, mesmo nas horas em que me transformo em filho delas.

Filhas eu digo, mas dizendo que são irmãs, primas, tias, sobrinhas, amigas.

E digo ainda, minha amada, minha enteada, minha sogra, todas minhas filhas amadas.

Mas porque somente agora falar delas???

Porque não falo apenas delas e sim para elas, pra todas elas, para todas as moças, pra que todo mundo ouça, pra todas as maduras ou jovens, para todas ás Yabás, para todas elas.

Para Bethania, Gal, Nana, Marisa, Paula, Alcione e Maria.

Para Fernanda, para Glória, para Beth, para Yoná, para Bibi.

Para aquelas que nasceram eles e que se transformam em elas, por entenderem que ser ela é o que há de melhor como opção.

Para aquelas que nasceram elas, mais optam em ser eles para que amem muito elas.

Agora eu falo das inúmeras elas que em minha vida se faz e fez presente.

Agora brado ao mundo com sinceridade e amor porque o mundo me presenteou ao me cercar delas.

Elas maravilhosas, elas guerreiras, elas amigas, elas que nos ensinam, elas protetoras, elas que fazem o que só elas podem e sabem fazer.

Elas mães, elas irmãs, elas primas, elas filhas, elas amadas, elas enteadas, elas sogras, elas mulheres.

Um minuto não é suficiente e nem este espaço o é, mas é o que me cabe neste momento, mulheres de minha vida:

Leticia Morgana, K D Lima, Y Lima, W Lima, Marilena, Geiza, Amanda Resende, Regina Miranda, Verinha, Lyse Souza, Lili, Aline, Aurelina Silva de Oliveira, Maria José Silva de Oliveira, Édila, Lucimar Lulu Terrível, Winne Rangel, Cláudia Alves, Amanda Lins, Regina Célia Lins, Arivalda, Teinha, Vania, Raquel, Ana Lucia, Soninha, Dianne Zequinatto, Simone Mattos, Cláudia Ramos, Jak Silva, Sandra Rolszt, Solange Rolszt, Jane Rolszt, Rebecca Rolszt, Maria Margarida Ananias, Larissa Marcelino, Rayssa Furtado, Paula Eduarda Silva, Fernanda Freitas, Ana Lucia Santos, Geovana Santtanna, Lizandra Dutra, Bruna Queiros, Josi Chagas Jesus, Giovana Fênix, Natália Oliveira, Lucimara Massa, Mariana Roberta, Sandra Rodrigues, Leticia Santana, Bruna Campos, Queli Cristina, Aline Santos, Juliana Cristina, Ninon Rouse e todas elas, artistas anonimas que este meu corroído celebro conseguiu lembrar.

Elas que oram todos os dias por seus maridos, amantes, filhos, sobrinhos e netos.

Elas que não são de lá, de Atenas, mais que miram-se no exemplo sem o árbitro retrógrado.

Elas, as filhas das filhas, das filhas, das filhas e das filhas.

Salve Maria, nossa mãe...