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A Mulher da Minha Vida.
A Mulher da Minha Vida.

Do livro: “OLHOS DO CAÇADOR”

De: Cezar Oliveira

Em: 19/09/2013

Fervilha a minha cabeça com o tanto que me chega aos olhos e ao corpo.

É uma viagem alucinante com que a alegria saia contagiante e que saia por todos os poros.

Os amigos podem rir, eles adoram rir, eu os faço rir e eles me fazem rir, rir muito, rir sem parar e só paro quando deles me afasto e me recolho ao quarto que gira, gira, gira e gira.

Eles estão no mesmo limite que eu, entre a loucura e a sensatez.

A sensatez estúpida, vigiada e severa.

Porque não???

Posso sim me permitir a novos amores, a novas paixões, a todas as aventuras e me sentir como o Peter Pan com o que encontrar diante de mim.

Já vivi todas as sacanagens que a formosa dama tinha para me jogar aos pés no baixo meretrício que procurei consolo, só que a minha busca é por hora e hoje sinto que ela me olha, pois o sorriso induzido partiu.

Quem diante de mim aponta.

Quem diante de mim vem em busca do beijo, do carinho, do afago, da paz, da alegria, da amizade, do amor, do aconchego, da proteção.

Quem diante de mim aparece para um gole ou dois até que tenhamos sono e passamos a nos olhar e nos respeitarmos, desejando uma boa noite.

Quem diante de mim chega como homem, como mulher e como homem e mulher.

Quem diante de mim tem a força de me fazer enxergar o interior e provocar taquicardia dentro de uma confusão mental temporária, imaginária.

Há as mulheres...

As mulheres de minha vida.

Todas perfeitas, todas alegres, todas tristes, todas lúcidas, todas drogadas, todas amando, todas amadas.

Amo as mulheres de minha vida, a mãe, a tia, as primas, as irmãs, as amigas.

Amo tanto as mulheres que amo até aqueles que se sentem mulheres.

Amo também as mulheres que sabem tanto sobre elas, mulheres; que optam por serem homens e mulheres, para satisfazer a si e a outras mulheres, sempre sendo mulher.

A sensibilidade é o mais importante, a alegria é contagiante, o respeito é redundante.

Saudades das mulheres de minha vida, saudades de cada gosto que provei, de cada peito que deitei, de cada abraço que abracei, de cada corpo que me dei e me fartei.

Cada uma me criou, cada uma me educou, cada uma me ensinou, cada uma me levantou e uma delas com uma filha me brindou.

Mulheres, amigas, amantes, professoras, instrutoras, senhoras, senhoritas, ladys e da vida, da minha vida.

A alegria me tomou de novo, o meu amor revigorou, saiu de mim o gosto amargo do escorpião, saiu de mim a posse nunca antes adquirida, apenas imaginada.

O beijo, o cheiro, o toque, o sexo com a ultima é inesquecível, assim como inesquecível e a primeira, aquela que me deu a doce ilusão de que era o indestrutível, ledo engano.

O porre é magnífico, a noite é mais clara, o fogo é excitante.

O barulho das buzinas, o brilho das luzes, o som que me contamina e me faz girar, girar, girar.

A luz reacende com um simples olhar após um click no teclado.

Eis o filme exposto, eis que se mostra viva, eis que se mostra dançando, guiando, circulando.

Eis que se mostra bela, como quem pisa a passarela ou empresta seu rosto às lentes de uma grande angular.

Sinto um anjo, um anjo sem sexo, um anjo que nem é masculino ou feminino, apenas um anjo.

O que me basta é sentir que ainda posso amar.

Amar de novo, amar sempre, porque vivo pra amar.

Mesmo amando todas as mulheres da minha vida, eu não quero mais as mulheres, não me importa mais as mulheres.

O que me importa é a mulher.