Trecho do livro “OLHOS DO CAÇADOR”
CEZAR OLIVEIRA – 23/08/2012
Ainda é noite e mais uma vez encontro-me na solidão de um quarto qualquer, de uma pousada qualquer numa cidade qualquer e o que se apresenta a mim, são as conversas que tento com minha única companheira, a lua.
Sem início ou fim, pergunto a lua por onde andará o meu amor.
Porque esta saudade dói tão, tão.
Porque eu a sinto tão forte, mais eu não a vejo aqui.
Em minha imaginação, me vem somente às respostas com o objetivo único de me consolar e essas respostas, são as minhas escolhas inconscientes.
Num instante me chega aos ouvidos uma canção que com certeza irá me fazer dormir, dormir, dormir.
E neste sonho que virá teimoso e inconseqüente, eu quero a mais completa visualização da imagem que me deste marcada em teu próprio corpo e que agora, a torna inesquecível.
Este sonho é meu, este sonho é meu e seu.
Neste sonho eu posso voar.
Neste sonho eu tenho asas de borboletas.
Neste sonho eu sou a própria borboleta que foi tatuada em sua pele.
Neste sonho eu consigo roubar-te um beijo.
O mais puro e doce beijo de tua boca.
A boca que me acalma, que canta pra mim, que fala comigo, que confessa sua própria timidez, a boca que me pede atenção, a boca que me chama, a boca que me aconselha, que me orienta, a boca que tem medo, que se imaginas sem mim.
A boca que me diz: Eu te amo, te amo muito, muito, muito, muito.
A mesma boca que sorri quando ouve de mim e de minha boca:
Eu te amo, te amo muito, muito, muito, muito.